quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Geografia - Dállet Isla - 1º ano



Oferta de água doce para a população

       O Brasil mantém uma posição privilegiada no cenário mundial: detém cerca de 12% da água doce superficial do planeta, enquanto regiões da Europa, como Portugal e Espanha, além de Oriente Médio e grande parte da África, lutam contra a escassez crônica do produto.
       A distribuição pelo território brasileiro é, porém, desigual. A Amazônia derrama no mar 78% da água superficial do Brasil, com um excedente hídrico que atrai a cobiça global. O Sudeste fica com apenas 6%. Num dos países mais ricos em água doce do planeta, as cidades enfrentam crises de abastecimento, das quais não escapam nem mesmo as localizadas na Região Norte, onde estão perto de 80% das descargas de água dos rios do Brasil.
       A divisão da água no Brasil é ainda desigual em relação aos usos e às responsabilidades de cada setor. A agricultura fica com cerca de 70% da água captada em mananciais, usada muitas vezes sem o devido cuidado em relação às técnicas de irrigação, além de deixar escorrer novamente para os cursos d'água uma grande quantidade de produtos utilizados como fertilizantes e defensivos agrícolas. Na verdade, venenos que precisarão ser retirados em seu próximo uso, em estações de tratamento que vão enviar água encanada às residências e indústrias. 8% do fornecimento de água doce do planeta vão para uso doméstico; cerca de 70% é usado para irrigação e 22% na indústria.
Mais de 40 milhões de brasileiros não recebem água de forma regular, não podem confiar na qualidade da água que chega nas suas torneiras e vivem num penoso regime de rodízio ou de fornecimento muito irregular da água.
       Documento elaborado em 2011 pela Agência Nacional de Águas (ANA), o Atlas Brasil - Abastecimento Urbano de Água mostra que, somente na área urbana, dos 5.565 municípios brasileiros, 55% poderão ter déficit no abastecimento de água já em 2015. O estudo mostra que 84% das cidades necessitam de investimentos urgentes para adequação de seus sistemas produtores de água potável.
       Na área urbana, os principais problemas para garantir o suprimento do recurso para a população são o crescimento desordenado, em especial das metrópoles e a demora na conclusão dos cronogramas das obras de infra-estrutura.
       A área rural também pode sofrer para conseguir água apropriada para o consumo humano. Segundo o presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, um dos problemas é que nesses locais as casas ficam muito distantes uma das outras, dificultando a instalação de sistemas de água, de coleta e tratamento de esgotos.  
      Considera-se que é necessário um manejo integrado de recursos hídricos que avalie quem precisa de que tipo de água, assim como onde e como usá-la mais eficientemente.



http://www.bvsde.paho.org/bvsacd/cd17/abundabras.pdf

Aluna: Dállet Isla.

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